segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ouvi uma vez e... gostei!

"Encosta-te a mim"

Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar.

Encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.

Chegada da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver,
em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi,
hei-de inventar contigo
sei que não sei
às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada,
foi roubada,
seja como foi.

Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada,
onde só quero ser feliz.

Enrosca-te a mim,
vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba,
quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo,
e o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei,
às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem.

Encosta-te a mim
Encosta-te a mim

Quero-te bem.

Encosta-te a mim.

Jorge Palma

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