terça-feira, 27 de maio de 2008

Pânico e Ansiedade...

Pânico

O pânico nada mais é do que uma crise muito forte e intensa de ansiedade.

A ansiedade vai crescendo e, aos poucos, vai superando todos os limites aceitáveis do nosso organismo e do nosso emocional e isto acaba provocando a crise do pânico.

Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes e desesperadoras que uma pessoa pode experimentar na vida. A grande maioria das pessoas que tem uma crise de pânico terá outras se não fizer o tratamento adequado.

Os sintomas do pânico aparecem de repente, sem nenhuma causa aparente. Suor frio e abundante, dor no peito, palpitações, falta de ar, tremores, palidez, rigidez, calafrios ou ondas de calor, formigamento das mãos e pés, fraqueza, sensação de que vai desmaiar, tonturas, vertigens, sensação de engasgo com alimentos, irritabilidade, diarréia, labirintite, reflexos intensificados, náuseas, boca seca, dificuldade de respirar, sensação de estar sonhando (distorções de percepção da realidade), medo de perder o controle e fazer algo embaraçoso, sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento; medo de morrer ou de loucura iminente.

As crises de pânico, na verdade, são reações de alerta do organismo. Essas reações, normalmente, são desencadeadas em situações onde há uma percepção de perigo real ou de emergência: é um conjunto de mecanismos físicos e mentais do organismo que permitem que a pessoa reaja a uma ameaça e que cumpre uma importante função para a sobrevivência da pessoa.

Nas crises de pânico a reação de alerta do organismo é desencadeada desnecessariamente, sem qualquer perigo iminente...É como se o organismo fosse o alarme de um carro, muito útil em situações em que há o perigo do carro ser roubado.

Para algumas pessoas, esse alarme dispara sem qualquer motivo aparente (é como se o alarme estivesse com defeito, tocando à toa). Para piorar mais ainda a situação, é comum as pessoas que tem pânico passarem a ter medo dos locais onde a crise aconteceu.

Quem tem uma crise dentro de um carro, por exemplo, passa a não querer mais dirigir. Se a pessoa tiver uma outra crise num lugar fechado e cheio de gente, ela passará a não querer mais entrar em shopping centers, supermercados, bancos, etc... Ela pode desenvolver medos irracionais sobre essas situações e começar a evitá-las e procura fugir delas a qualquer custo.

Em muitos casos, o medo de ter outro ataque de pânico pode levar a pessoa a sentir-se incapaz de dirigir ou mesmo de sair de casa, por exemplo.

O pânico é real e potencialmente incapacitante e, por causa dos seus sintomas desagradáveis, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou uma outra doença grave.

As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira "via-sacra" a diversos especialistas e, após uma quantidade enorme de exames, ouvem o médico dizer que "não é nada", apenas estafa, nervosismo, stress, fraqueza emocional ou problema de cabeça, o que aumenta sua insegurança e seu desespero.

Como pode não ser nada se existe uma série de sintomas reais? Na dúvida, lá vai a pessoa de novo atrás de outros especialistas e exames... Isto pode criar uma falsa impressão de que não há um problema de fato (apenas invenções da mente) e de que não existe tratamento para tal problema. Ledo engano!

As pessoas que tem pânico, em sua maioria, são pessoas jovens e estão na plenitude de suas vidas profissionais.

O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do pânico costuma apresentar muitos aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas no nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são muito exigentes consigo mesmas e não convivem bem com erros ou imprevistos, pois tem tendências perfeccionistas com excessiva necessidade de estar no controle e de ter a aprovação dos outros; têm tendência a se preocuparem demais com os problemas do dia a dia, possuem alto nível de criatividade, possuem auto-expectativas extremamente altas e tem pensamento rígido; costumam reprimir seus sentimentos e tem uma grande tendência a ignorar as necessidades físicas do seu corpo, entre outras características.

Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando, assim, um desequilíbrio bioquímico e, consequentemente, o aparecimento dos ataques de pânico.

Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade cerebral e o medo, promovendo alterações químicas cerebrais que podem levar ao pânico.

Tenha certeza de que você não tem nenhum dos seguintes problemas que podem causar ou agravar o problema do pânico: hiperventilação constante, problemas de tireóide, hipoglicemia, prolapso da válvula mitral, síndrome pré-menstrual, labirintite, uso indevido de drogas ou ingestão excessiva de cafeína.


Ansiedade

A ansiedade é uma sensação difusa, inexplicável que provoca sintomas diferentes para cada pessoa: falta de ar, taquicardia, nervosismo, suores, problemas digestivos (prisão de ventre, enjôos, gases), fome exagerada (gula), medos que se tornam irracionais e sem sentido, ficar irritado e provocar brigas e discussões por nada, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas ou calmantes, etc...

A manifestação do(s) sintoma(s) incomoda tanto que os ansiosos procuram qualquer forma para acabar com ele(s): quem come em excesso e engorda demais, procura uma dieta milagrosa, recorre a cirurgiões plásticos ou faz grandes sacrifícios e loucuras para emagrecer rápido(muitas vezes provocando outros problemas de saúde); aqueles que tem medos , como o de dirigir um veículo, por exemplo, fazem aulas e mais aulas sem fim na auto--escola (sem nunca acabar com o medo); as pessoas que tem falta de ar e taquicardia , achando que terão um infarto, fazem uma via sacra por vários médicos , submetem-se a fazer uma infinidade de exames e jamais acreditam quando os resultados são normais.

Veja bem: as pessoas fazem várias tentativas para acabar com os sintomas que a ansiedade provoca e nenhuma delas resolve o problema porque são tentativas para acabar com os sintomas físicos que ela traz. O tempo passa, o problema cresce, vem a sensação de perda do controle e isto gera mais ansiedade ...

É um círculo vicioso sem fim...

O problema não se resolve porque as pessoas tratam apenas dos sintomas físicos provocados pela ansiedade , quando, na realidade, é preciso tratar as causas da ansiedade!!

A ansiedade é gerada pelo choque de exigências conflitantes, pela mania de perfeição, por não querer magoar os outros, por impulsos autodestrutivos, por possuir uma auto-imagem ilusória, por medo das críticas, medo de errar, por preocupações excessivas, por inveja do outro e querer ser igual a ele, por atitudes e pensamentos equivocados que aprendemos a partir da infância, entre outros fatores.

Sem comentários: